08/09/2020 – Destaque Econômico

Mercado fez ligeira revisão baixista para o PIB deste ano, enquanto espera IPCA maior

  • Segundo o Relatório Focus, divulgado há pouco pelo BC, o mercado espera contração de 5,31% para o PIB deste ano (ante 5,28% na leitura anterior) e crescimento de 3,5% no próximo ano. Em relação ao IPCA, a mediana das projeções para 2020 passou de 1,77% para 1,78%, enquanto ficou estável em 3,0% para 2021. Para a taxa de câmbio, as medianas das expectativas foram mantidas em R$/US$ 5,25 para 2020 e em R$/US$ 5,00 para 2021. Por fim, a mediana das projeções para a taxa Selic permaneceu em 2,0% para o final de 2020 e também ficou estável em 2,88% para o final do próximo ano.

Indicadores de mercado de trabalho apurados pela FGV sugerem continuidade da recuperação do mercado de trabalho.

  • Divulgado há pouco pela FGV, o Indicador Coincidente de Desemprego caiu 0,8 ponto em agosto, sugerindo recuo da taxa de desemprego no período. Já o indicador Antecedente de Emprego avançou 8,8 pontos. Nesse caso, quanto maior for o dado, melhor a expectativa de geração de vagas.

Impulsionado pela demanda interna, setor automotivo manteve trajetória de recuperação em agosto.

  • Segundo dados divulgados na sexta-feira pela Anfavea, foram produzidos 210,8 mil veículos no mês passado, o que equivale a uma alta de 21,0% em relação a julho, na série dessazonalizada. Com relação às vendas internas, foram licenciados 183,4 mil veículos no mês, um avanço de 15,9% na margem. Já as exportações recuaram 15,0% ante julho, após dois meses consecutivos de alta. Assim, esses indicadores permaneceram em níveis abaixo do observado na comparação com o mesmo período de 2019, mas apontam para continuidade da recuperação da produção industrial em agosto.

Mercado de trabalho nos EUA continua se recuperando, com queda da taxa de desemprego.

  • O relatório de emprego apontou geração líquida de 1,37 milhão de empregos em agosto, o que levou a taxa de desemprego a recuar de 10,2% para 8,4%. Essa queda acentuada do indicador surpreendeu, diante da expectativa de recuo para 9,8%. Contudo, ainda que o dado tenha mostrado criação de empregos entre vários setores, a maior contribuição ficou para o setor público, influenciada pela contratação temporária de pessoas para a realização do censo de 2020. Assim, a recuperação no mercado de trabalho dos EUA continua avançando, mas segue como importante desafio para os próximos meses.

Surpresa altista com balança comercial chinesa reforça percepção de retomada da economia global, mas gera questionamentos em relação à recuperação local.

  • O saldo reportado, de US$ 58,9 bilhões, ficou bem acima do esperado (US$ 50 bilhões) e do registrado em julho de 2019 (US$ 34,7 bilhões). As exportações avançaram 9,5% na métrica interanual (expectativa de alta de 7,5%), influenciadas principalmente por suprimentos médicos e produtos eletrônicos. Na abertura por países, destaque para a ampliação dos embarques aos EUA. Já a queda agregada de 2,1% das importações (ante a estabilidade esperada) foi influenciada pela redução dos desembarques de commodities.

Aversão ao risco predomina e mercados operam no campo negativo nesta terça-feira.

  • . Investidores mantêm a cautela diante de notícias de que os EUA planejam ampliar as restrições comerciais a empresas chinesas. Além disso, contribui negativamente a indefinição sobre como ficará o comércio entre o Reino Unido e a União Europeia, após o Brexit. Já o PIB da Área do Euro teve contração de 11,8% na leitura final do segundo trimestre. Assim, os mercados acionários registram queda e o dólar se fortalece ante as demais moedas. Por fim, os preços dos contratos futuros de petróleo recuam.

Fonte: Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Bradesco

Notícia selecionada por Meirelles e Meirelles Advogados – Empresarial Limeira SP