01/09/2020 – Destaque econômico

Ministério da Economia apresentou a proposta orçamentária para 2021, com previsão de déficit primário de R$ 233,6 bilhões.

  • A meta de resultado primário se tornou flexível do lado das receitas, ajustadas de acordo com o PIB, enquanto os gastos são estabelecidos pela regra do teto. O salário mínimo proposto é de R$ 1.067, sem aumento real. Em relação ao cumprimento do teto de gastos, a proposta inclui cortes principalmente nas despesas discricionárias, que devem atingir o menor patamar histórico, quando corrigidas pela inflação. Ainda ontem, foi divulgado o resultado primário do setor público de julho, deficitário em R$ 81,1 bilhões. O Governo Central teve déficit de R$ 88,1 bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais foram superavitários em R$ 6,3 bilhões e R$ 790 milhões, respectivamente. Esse saldo positivo dos estados e municípios foi motivado pelos repasses federais, como medida de auxílio financeiro. Em doze meses, as contas públicas acumularam saldo negativo de R$ 537,1 bilhões (7,5% do PIB). Dessa forma, a dívida bruta avançou de 85,5% do PIB para 86,5%.

Índices PMI de agosto sugerem continuidade da recuperação da indústria global, mas em ritmo menor do que o verificado nos últimos meses.

  • O indicador da Área do Euro ficou praticamente estável, ao oscilar de 51,8 para 51,7 pontos entre julho e agosto. Na Alemanha, de modo particular, o nível de 52,2 pontos ficou abaixo do apontado na prévia (53), mas é o mais alto dos últimos 22 meses. Os dados de Espanha e França estão abaixo do patamar neutro (50 pontos). Olhando para outras regiões, na China, o índice Caixin subiu de 52,8 para 53,1 pontos. No Japão, o indicador continua abaixo do patamar neutro, mas avançou de 45,2 para 47,2 no período.

Mercados operam no campo positivo, refletindo expectativas com a recuperação da economia global.

  • Investidores reagem positivamente ao resultado de agosto do índice PMI Caixin da China, contrapondo-se à estabilidade apontada pelo indicador medido pelo escritório de estatísticas do país, divulgado no domingo. Na Área do Euro, o índice de preços ao consumidor registrou deflação de 0,2% em agosto em relação ao mesmo período do ano passado. O núcleo da inflação, que exclui os preços de energia e alimentos, passou de uma alta interanual de 1,2% em julho para outra de 0,4% em agosto, afastando-se ainda mais da meta do BCE (de 2,0%), o que acabou limitando os ganhos dos negócios da região nesta manhã, por sugerir uma atividade econômica enfraquecida. Mesmo assim, a maioria dos mercados acionários avança e o dólar se enfraquece ante as demais moedas. Por fim, os preços dos contratos futuros de petróleo registram alta.

Fonte: Departamento de Pesquisa e Estudos Econômicos Bradesco

Notícia Selecionada por Meirelles e Meirelles Advogados – Empresarial Limeira SP